linguagem: cuidado
- Bruno Lorenz
- 7 de nov.
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a gata estava vocal circulava pela casa miava e miava, uma conversa que não terminava nunca, ela comia, bebia, ronronava, aceitava carinhos então descartou qualquer doença e tentou esquecer os miados incessantes. Se pudesse ouvi-la em uma linguagem comum, entenderia que a gata sabia que havia algo de errado, havia carmim fora do lugar escorrendo dentro dele, um silêncio ferroso, o sangue não estava bem, o coração também não, ela tentava avisá-lo, mas a língua comum dos dois era o cuidado, o ronronar, o silêncio, e isso não bastava, ele não entendia a súplica.




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